Segundo índice da FMVZ-USP, em São Paulo, aumento do preço do animal magro foi principal fator para a elevação

Os custos totais de produção do confinamento tiveram alta em novembro para as propriedades representativas médias (3 mil animais/ano) e grandes (27 mil animais/ano) de São Paulo, segundo o Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnica da USP. Nas médias, o custo total passou de R$ 134,89/@ para R$ 142,07/@, enquanto nas grandes o aumento foi de R$ 7,16/@, atingindo R$ 140,77/@. Já na unidade de Goiás (16,5 mil animais/ano), o custo total teve leve queda – passou de R$ 132,77 para R$ 132,70.

Segundo o boletim, os preços do animal magro de 12 arrobas aumentaram em 7,9% para o Estado de São Paulo entre os meses de outubro e novembro; já em Goiás houve redução de 0,4%. “Essa elevação em São Paulo impactou no custo total da arroba produzida, aumentando-o em média 5,3% para as propriedades CSPm e CSPg.

Já os custos diária-boi tiveram comportamento diferente. A diária-boi passou de R$ 8,25 para R$ 8,11 (médias) e de R$ 8,08 para R$ 8,03 (grandes). Já os custos da unidade de Goiás tiveram leve alta de 0,27%, ficando em R$ 7,51). “Apesar de alguns itens alimentares terem aumentado de preço como o milho grão, polpa cítrica e farelo de soja, alguns coprodutos, pelo contrário, reduziram. Foi o que se identificou com relação ao farelo e caroço de algodão e o Refinazil. Assim, de forma geral, os custos alimentares reduziram para as propriedades estudadas”, informa o boletim.

Com essas oscilações, o comunicado alerta para que confinadores e técnicos se atentem aos indicadores de custo que utilizam no cotidiano, já que podem apresentar comportamentos distintos. Confira o documento completo em: http://bit.ly/2A0GtKx.

Entenda o Indicador – Para desenvolver o Índice, o pesquisador Gustavo Sartorello entrevistou 10 confinadores de São Paulo e nove de Goiás para, então, criar três propriedades confinadoras representativas: duas em SP (média e grande capacidade) e uma em GO. “Criei essas fazendas com características reais. Por exemplo, quais maquinários são usados, a potência, número de funcionários, mas não é uma média das propriedades”. Todos os meses, o Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal faz o levantamento de preços de insumos para atualizar os dados do indicador, que tem periodicidade mensal. “Minhas bases são Pirassununga, SP, e Acreúna, GO. Meus fornecedores são voltados para essas regiões. Tudo que está incluído na atividade, como palanque para cerca, arame liso, polpa cítrica, cordoalha, cocho, para tudo nós pesquisamos valores em pelo menos três empresas”, explica.

Planilha de custos – A FMVZ-USP também tem uma planilha de cálculo de custos de produção do confinamento (Entenda melhor o método e o indicador aqui). Quem quiser ter acesso à ferramenta e ao indicador pode acessar o site do LAE (http://paineira.usp.br/lae) ou mandar e-mail para lae-indicadores@usp.br ou gsartorello@gmail.com pedindo para receber o modelo de cálculo de custos e o boletim. Fornecedores que quiserem colaborar com o levantamento de preços de insumos também podem se cadastrar pelos e-mails acima.

Fonte: Portal DBO