“Deixará saudades”. “Prestou memoráveis serviços”. “Foi um dos melhores de sua geração!” A morte de alguns bois provoca condolências típicas de funeral de seus criadores humanos e, não se espante, pode até fazer pecuaristas verterem lágrimas de tristeza pelo adeus ao “ente querido”.

Afinal, como não chorar quando morre um boi que, somente em vendas de sêmen, rendeu ao criador mais de R$ 10 milhões ao longo de 10 ou 12 anos de vida reprodutiva útil? “Visitei nos Estados Unidos uma cabana que tinha túmulo e até estátua em homenagem a um touro Angus que deu muito lucro à propriedade”, diz o criador gaúcho José Roberto Pires Weber, presidente da Associação Brasileira de Angus.

O reconhecimento dos pecuaristas aos touros “top” de genética costuma vir ainda em vida. Ao envelhecer, esses bois ganham aposentadoria e ficam soltos para cobrir vacas no pasto, até que ocorra a morte natural. Em alguns casos, os criadores mandam embalsamar a cabeça do touro para guardar como lembrança na sala de estar.

Um dos touros que mais recebeu condolências, recentemente, foi Donato Naviraí, um nelore mineiro de Uberaba, falecido no dia 16 de novembro de 2017, aos 13 anos de idade.

Fonte: Gazeta do Povo