Desvalorização foi puxada pelos cortes de traseiro, que caíram 2,6% na última semana

O mercado de carne bovina sem osso teve uma forte queda de preços no atacado na última semana. As indústrias, que vinham impondo valorizações reais aos seus produtos na comparação anual, com a desvalorização desta semana, viram suas cotações ficarem quase iguais às registradas há doze meses, em valores nominais.

O que segue inalterada é a composição das vendas. O escoamento de cortes de dianteiro “está melhor”, situação que já se repete há duas semanas. Embora estes também tenham ficado mais baratos no levantamento atual, o recuo dos preços foi menor do que para a carne de traseiro. As quedas foram de 1,9% e 2,6%, respectivamente.

A expectativa com a entrada de março, o comportamento sazonal, é de recuperação das vendas e, consequentemente, dos preços. Normalmente, este cenário altista permanece até abril. É importante que isso ocorra para atenuar o efeito da concentração de entrega de fêmeas para abate neste primeiro trimestre do ano.

Os indicadores dão a impressão de que uma recuperação do consumo deve vir. O Índice de Intenção de Consumo da Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) terminou fevereiro com o melhor resultado desde junho de 2015.

A venda de carne bovina está muito atrelada ao crescimento do poder de compra da população.

Fonte: Scot Consultoria