O cenário de indefinição no mercado do boi gordo não deixa o mercado de reposição destravar e ganhar ritmo.

Isso porque, receosos com o futuro da arroba do boi gordo, recriadores e invernistas diminuem o ímpeto nas compras.

Apesar da demanda “contida” as cotações estão firmes, pois com a boa capacidade de suporte, os vendedores não cedem nas negociações e mantêm os preços acima das referências.

No fechamento semanal, considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações fecharam em alta de 0,2%.

Para o curto prazo o mercado deve ganhar ritmo. Isso porque o volume de bezerros desmamados chega com maior intensidade nos próximos meses.

Vale destacar que esse ainda é um ano de oportunidades para o recriador e invernista, tendo em vista que o preço para a reposição não está nos patamares observados no último ciclo de alta de preços em 2015/2016.

Com isso é possível iniciar a operação de recria ou engorda menos “pressionado”, pois a compra de animais representa a maior parte do custo.

Para o criador, apesar dos preços para o bezerro menos favoráveis que em 2015/2016, o momento é de manter o investimento se preparando para aproveitar o próximo ciclo de alta de preços.

Em 2017 tivemos incremento no abate de fêmeas, o que certamente afetará a oferta de bezerros em 2019, fato que pode dar sustentação às cotações para a cria.

Fonte: Scot Consultoria