Por mais que os analistas tentem ver uma certa corrida para compras de boi face a possível melhora do consumo neste mês, a verdade é que o clima está deixando tudo muito embaralhado. É certo que o pior do lento consumo de janeiro passou, mas certo também que há atraso no apronto de animais, tanto quanto algumas vendas vão sendo feitas para aliviar pastagens, e estão dando o tom do mercado.

Contexto que não é muito bem captado porque a maioria prefere ficar tentando destrinchar a situação no quadradinho sazonal tradicional. Só produtor entende mais de perto a situação.

Com exceção dos extremos do Brasil, as regiões produtoras sofrem com intenso calor e pouca para quase nenhuma chuva e, como nas lavouras, o prejuízo para os pastos é evidente. Há extremos, como no Vale do Araguaia, onde o Luciano de Oliveira acredita que tem “muita gente tirando gado mais liso para bambear as fazendas”.  Num cenário, naturalmente, de quem não tem recursos para suplementar mesmo com a relativa oferta de alimentos.

Em áreas da região goiana com até 60 dias sem chuvas, como o pecuarista nota, é normal que não haja abundância de animais terminados.

Também do Vale do Araguaia, Marcelo Marcondes reclama do ataque de cigarrinha, ajudando a judiar mais o capim.

Fonte: Noticias Agricolas