Chefe do Escritório China do Ministério da Agricultura diz que o governo brasileiro tem adotado uma política de “transparência” com o país asiático

Foto: Ilustração/Internet.

A suposta detecção, na semana passada, de rastros de coronavírus em embalagem de frango brasileiro na província de Shenzhen, na China, “é um episódio importante, mas que se insere num contexto mais amplo de um diálogo que vem se mantendo entre o Brasil e autoridades chinesas”, disse a chefe do Escritório China do Ministério da Agricultura, Larissa Wachholz.

Em live promovida na quarta-feira, 19, à noite pela MSD Saúde Animal, Larissa, que foi nomeada conselheira do ministério para assuntos ligados à China, diz que o governo brasileiro tem adotado uma política de “transparência” com o país asiático, e vice-versa.

Essa linha de comunicação já existia (antes do episódio em Shenzhen) e estava em funcionamento“, afirmou.

Ela disse, ainda, que as autoridades chinesas acompanham atenta e diariamente a situação do Brasil, inclusive pela imprensa brasileira. “E nós atendemos os chineses, com bastante agilidade, a essas demandas de informações, já com tudo traduzido em mandarim, para facilitar a comunicação”, continua.

A conselheira elogiou, ainda, os protocolos sanitários adotados pelos frigoríficos brasileiros, “que se baseiam em diretrizes da FAO e da OMS”. “Temos deixado isso bastante claro para as autoridades chinesas; é um trabalho de manutenção de diálogo que se reflete na construção de confiança de curto, médio e longo prazos com essas autoridades”, continuou Larissa, que morou por seis anos na China, estudou em universidade ali e reforçou que a cultura do país “preza muito este tipo de atenção”.

Na mesma live, o diretor-geral para Ásia da JBS, Rogério Moraes, que mora há dez anos na China, informou, sobre o episódio de Shenzhen, que eles souberam “15 minutos antes” da situação, antes que ela começasse a surgir nas redes sociais na China, “que são bastante ativas”. “Monitoramos como estava sendo a resposta do consumidor àquele episódio”, contou.

Para nossa alegria, foi ‘top five’ nas duas a três primeiras horas do acontecido, depois foi caindo”, disse o executivo da JBS. “Depois, no fim da tarde, já havia praticamente sumido das redes sociais, ou seja, o assunto não repercutiu muito para o consumidor e a mesma coisa entre os importadores“, disse.

Fonte: portaldbo.com.br