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09/12/2020 15:00

Em fase de mudança de status sanitário quando almeja saltar de Zona Livre da Febre Aftosa com vacinação para aposentar o imunizante em território baiano nos próximos dois anos, a Bahia investe na organização de um cenário cada vez mais favorável, a partir do fortalecimento dos integrantes da cadeia produtiva. Em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) promove o Curso de Capacitação para Vigilância em Saúde Animal destinado, a princípio, aos veterinários autônomos vinculados ao sistema FAEB/SENAR, nos dias 14 e 16 de dezembro, em versão on line, às 18 hs.

créditos imagem site ADAB

“Será uma abordagem geral sobre vigilância em saúde animal, em três módulos onde discorremos sobre inúmeras doenças de notificação obrigatória para que o serviço veterinário oficial seja acionado de forma precoce e tenha condições de produzir respostas rápidas e oportunas”, explica o médico veterinário Iram Ferrão, fiscal estadual agropecuário, há 20 anos atuando na ADAB.  Mestre em Epidemiologia, Iram foi convidado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a ser instrutor em sete outras turmas em 2020, informando e alertando os profissionais de diversos estados brasileiros, em formato virtual, sobre a importância da notificação imediata de casos suspeitos de Febre Aftosa (FA), Peste Suína Clássica,(PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Influenza Aviária (IA). Esta última, ataca aves e se trata de uma zoonose, doença que pode ser transmitida ao homem e, assim como as outras, de grave impacto comercial e de saúde pública, caso detectada no Brasil, um dos principais produtores e exportadores de carne suína, bovina e avícola.

O objetivo do curso é estabelecer uma rede de comunicação com os profissionais que tratam no campo das enfermidades animais para que possam despertar uma maior sensibilidade para o diagnóstico e notificação ao serviço veterinário oficial. “Criar aproximação com os colegas que conhecem a relevância em disseminar estas informações também aos produtores e frigoríficos que têm contato diário para que possamos fechar os elos da cadeia produtiva”, declara Iram.

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Sem limites

Algumas doenças são consideradas transfronteiriças, sem limites geográficos para infecção e transmissão, por isso, o controle e a detecção precoce são fundamentais, como explica o fiscal da ADAB.

”Existem planos hemisféricos para ações de controle e erradicação em grandes áreas, como é o caso da PSA, para que a enfermidade não chegue ao continente americano, pois produziria uma catástrofe comercial”.Os dois módulos seguintes serão realizados no mês de janeiro de 2021, e todo o curso deverá contar com a participação de cerca de 150 profissionais. “Uma oportunidade para que os médicos veterinários autônomos e da iniciativa privada se atualizem sobre nossos programas sanitários e todas as ações que o serviço veterinário oficial têm realizado, também a questão do controle, vigilância e saneamento de eventuais focos de enfermidades. A expectativa é que a parceria seja ampliada para abertura de novos cursos”, ressalta o diretor de Defesa Sanitária Animal da ADAB, Carlos Augusto Spínola.

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Fonte: ASCOM / ADAB