MERCADOS

Enquanto isso, queda em Chicago pressiona cotação da soja, mas milho resiste por conta da baixa oferta neste momento, segundo consultoria

20 de maio de 2021 às 07h21

Atualizado em 20 de maio de 2021 às 7h21Por Felipe Leon, com agência de notícias

  • Boi: cotação da arroba encontra piso e pode voltar a subir, diz AgroAgility
  • Milho: mercado brasileiro tem pouca alteração nos preços
  • Soja: Chicago cai forte e pressiona preços no Brasil
  • Café: arábica recua em Nova York, mas se mantém acima de US$ 1,50 por libra-peso
  • No exterior: membros do Fed admitem discutir diminuição de estímulos monetários
  • No Brasil: exterior conturbado leva dólar acima de R$ 5,30 novamente

Agenda:

  • Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
  • EUA: índice de atividade industrial de maio (FED – Filadélfia)

Boi: cotação da arroba encontra piso e pode voltar a subir, diz AgroAgility

A AgroAgility apontou que o mercado físico do boi gordo definitivamente encontrou um piso no nível atual das cotações. Além disso, a consultoria projeta que até a virada do mês este piso pode passar a ser de R$ 310 por arroba e que, após o aumento da oferta em virtude da safra, a tendência é de alta por um período prolongado.

Na B3, a curva de contratos futuros do boi gordo teve comportamento misto com as pontas curtas e longas recuando e o meio da curva avançando. O vencimento para maio passou de R$ 310,95 para R$ 310,30, o para junho foi de R$ 321,55 para R$ 321,70, do julho, de R$ 327,90 para R$ 329,40, e o para outubro passou de R$ 340,70 para R$ 340,60 por arroba.

Milho: mercado brasileiro tem pouca alteração nos preços

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve um dia de preços pouco alterados, entre estáveis e mais baixos. O analista Paulo Molinari destaca que há uma tentativa de baixa, mas que o volume não é suficiente para confirmar o movimento. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 98/100 para R$ 96/100, e em Campinas (SP), ficou estável em R$ 103/104 por saca.

Os contratos futuros do milho negociados na B3 tiveram comportamento parecido com os do boi gordo, recuo nas pontas curtas e longas, e avanço no meio da curva. O vencimento para julho passou de R$ 98,43 para R$ 98,12, o para setembro foi de R$ 96,48 para R$ 96,57 e o para março de 2022, de R$ 98,15 para R$ 97,85 por saca.

Soja: mercado brasileiro trava com dólar e Chicago em queda

As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam em forte baixa no pregão desta quarta-feira, 19. A ocorrência de chuvas em regiões produtoras dos Estados Unidos gerou correção dos preços. O vencimento para julho caiu 2,29% e passou de US$ 15,742 para US$ 13,382 por bushel.

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), acompanhou a queda em Chicago. A cotação variou -1,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 176,38 para R$ 174,08 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 13,11%. Em 12 meses, os preços alcançaram 55,76% de valorização.

Café: arábica recua em Nova York, mas se mantém acima de US$ 1,50 por libra-peso

Os contratos futuros do café arábica recuaram em Nova York, mas conseguiram se manter acima do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. O dia foi marcado por realização de lucros após a forte alta da última terça-feira. O vencimento para julho caiu 1,21% e passou de US$ 1,5280 para US$ 1,5095 por libra-peso.

No Brasil, a consultoria Safras & Mercado apontou estabilidade nos preços nas principais praças pesquisadas, de forma que a alta do dólar em relação ao real acabou compensando a queda em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 815/820 por saca.

No exterior: membros do Fed admitem discutir diminuição de estímulos monetários

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) trouxe sinalizações de que alguns diretores já admitem discussões sobre diminuir o volume de estímulos monetários. Apesar disso, o consenso de que a pressão inflacionária é devida a efeitos transitórios permanece.

Após a divulgação do documento, as bolsas norte-americanas recuaram e as taxas futuras de juros dos títulos do Tesouro norte-americano e o dólar avançaram. Os índices de ações nos EUA chegaram a cair perto de 1% na mínima do dia, mas ao final do pregão, o mercado mostrou um pouco de melhora e reduziu as perdas.

No Brasil: exterior conturbado leva dólar acima de R$ 5,30 novamente

A sinalização do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) de que alguns membros acham prudente discutir a redução dos estímulos trouxe volatilidade ao mercado externo e refletiu na cotação do dólar em relação ao real. Dessa forma, a moeda norte-americana subiu 1,17% ante o real e fechou o dia cotada a R$ 5,316.

Os efeitos negativos do exterior também pesaram na bolsa brasileira e encerraram uma sequência de quatro pregões sem variações negativas. O Ibovespa teve uma ligeira queda de 0,28% e ficou cotado a 122.636 pontos. Nesta quarta-feira, 19, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da medida provisória que trata da privatização da Eletrobras.

CATEGORIAS:

BOI NOTÍCIAS PECUÁRIA

TAGS:

AGROAGILITY CEPEA DÓLAR ESTADOS UNIDOS FED SAFRAS & MERCADOUSDA

Fonte: Canal Rural