Apesar da calmaria no mercado da reposição na última semana de Julho, os preços encerram o mês com grande firmeza e ligam o sinal de alerta na pecuária!

Foto divulgação @neloresantairene

O volume de negócios no mercado de gado para reposição não apresentou evolução ao longo da última semana do mês de Julho, indicando uma certa cautela por parte dos compradores e, também, pelo baixo volume de animais disponíveis na praça. Mas afinal, até onde vão os preços e teremos restrição na oferta de bezerros novamente?

O mercado, de forma geral, apresentou estabilidade nos preços negociados para a categoria dos bezerros, quando avaliado a média mensal. Entretanto, o destaque se volta para a categoria das fêmeas, que seguem com preços acima da referência, confira!


Os danos causados pelas adversidades climáticas (frio intenso e geadas) às pastagens e às lavouras de grãos do Centro-Sul do País acabou por complicar o mercado, de forma geral. O pecuarista da cria tem ficado alerta com a perda da qualidade das pastagens e elevação dos custos de produção.

Na outra ponta, o pecuarista da terminação vem reduzindo a busca por animais jovens, já que ele não quer arcar com os altos custos de produção na fase de recria. Já aqueles que buscam fêmeas jovens – bezerras – estão encontrando e pagando preços mais elevados, conforme apontou a média Agrobrazil para essa categoria.

Com isso, os preços das categorias mais jovens recuaram durante a última semana nas principais praças, em relação à semana anterior. As consultorias seguem revisando para baixo a produção de milho de segunda safra (safrinha), o que cresce as preocupações em relação ao quadro de escassez do grão no mercado nacional, observa a IHS.

Dessa maneira, há uma forte pressão para a redução de preços de categorias até 15 meses no mercado de reposição. Exceto para a categoria das bezerras, já que o mercado da cria segue ainda atrativo e muitos pecuaristas estão tentando refazer seu plantel de matrizes.

Segundo apontou a Agrobrazil, a média para as bezerras, fechou o mês de julho cotado a R$ 18,00/kg, ou seja, uma alta de cerca de R$ 6,00/kg frente ao mês anterior. Já para a categoria dos machos, houve leve recuo nas cotações dos animais, segundo as negociações informadas pelos pecuaristas no aplicativo.

As fortes reduções nos valores de bezerros no Mato Grosso do Sul, informa a IHS. O Indicador Bezerro Cepea (praça MS) fechou a quinta-feira cotado a R$ 2.859,02, o que representou uma desvalorização mensal de 7,3%.

Segundo dados da Scot Consultoria, no acumulado de julho, os preços da reposição acumularam queda de 2,3% no País. Ainda segundo a consultoria, os preços das categorias dos Machos Nelore, ficaram da seguinte forma:

  • Boi Magro: R$ 4.300,00 / R$ 358,3/@
  • Garrote: R$ 3.750,00 / R$ 394,70/@
  • Bezerro: R$ 3.250,00 / R$ 14,40/kg
  • Desmama: R$ 2.900,00 / R$ 16,10/kg

Para o curto prazo, prevê a Scot, a expectativa é de que o clima continue pesando sobre as cotações e, com isso, mais quedas não estão descartadas.

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Poder de compra do pecuarista tem queda de 13,1% no mês

No mês de julho, o arroba do boi gordo começou em R$ 312 já descontados os impostos e encerrou o mês com o mesmo valor, com uma leva queda de centavos durante o mês. Segundo o analista da Scot Consultoria Felipe Fabbri, “a categoria retomou a firmeza nos últimos dias”.

O mercado do milho teve um comportamento oposto, sendo firme, com as cotações da saca de 60kg na região de Campinas sustentadas diante das preocupações com a safrinha. A alta no cereal, segundo o analista, foi de 15,1%. O mês de julho iniciou com a saca sendo negociada a R$ 93 e encerrando a R$ 107.

Fonte: comprerural.com.br