Preços do boi gordo ficam estáveis na maioria das praças; em SP, o animal macho terminado sai por R$ 320/@, enquanto a vaca e a novilhas prontas para abater valem R$ 299/@ e R$ 309/@, respectivamente, informa a Scot Consultoria

Foto divulgação internet

Nesta quinta-feira, 2 de dezembro, o fluxo de comercialização no mercado brasileiro do boi gordo perdeu força, resultando em estabilidade da arroba nas principais praças pecuárias do País.

Após sucessivas altas em São Paulo, a cotação do boi gordo permaneceu no mesmo patamar ao longo do dia, refletindo o maior conforto nas escalas de abate dos frigoríficos, que atendem em média uma semana, informa a Scot Consultoria.

Dessa maneira, o animal macho terminado está precificado em R$ 320/@ nas praças paulistas, enquanto a vaca e a novilhas prontas para abater valem R$ 299/@ e R$ 309/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), relata a Scot.

Segundo a IHS Markit, a baixa liquidez no mercado do boi gordo é explicada pela saída de muitas indústrias frigoríficas das compras.

“As altas acumuladas nesta semana chegaram a permitir um avanço aparentemente adequado das escalas de abate entre as unidades brasileiras, que agora passaram a cadenciar o fluxo de suas aquisições, à espera do resultado das vendas de carne bovina durante a primeira quinzena de dezembro”, analisa a IHS.

Sendo assim, boa parte das unidades de abate relataram que as ofertas de animais terminados seguem muito enxutas, mas que optaram em ficar ausentes dos balcões de negócios, devido ao quadro preocupante em relação à capacidade do consumo doméstico em absorver a produção de cortes bovinos a preços mais elevados.

“A ausência da China no mercado comprador de carne bovina brasileira limita a necessidade de elevar a oferta da carne e evitar o ônus da formação de estoques”, ressalta a IHS, acrescentando que, atualmente, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros atendem, em média, 5 dias uteis, com unidades com programações prontas até 15 de dezembro.

Algumas plantas frigorificas, informa a IHS, sinalizaram valores abaixo das máximas vigentes nesta quinta-feira, mas não houve relatos de novos negócios em patamares mais altos.

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No front externo, de acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina in natura no mês passado caíram pela metade em comparação ao volume registrado em novembro de 2020, efeito, refletindo o imbróglio com a China.

“Para dezembro/21, as expectativas para as exportações não são otimistas pelo fato da janela de compra chinesa se fechar e só reabrir a partir de fevereiro/22”, observa a IHS.

Sem maiores novidades na dinâmica externa e já precificado a firmeza do consumo interno, os preços dos contratos futuros do boi gordo recuaram no fechamento da sessão passada.

“De certa forma, a cadeia já sinaliza que tenha atingido um teto de resistência no curtíssimo prazo, o que motivou os movimentos de realização de lucro na B3”, relata a IHS Markit.

No mercado atacadista, com exceção do traseiro, os preços de todos os demais cortes de bovino recuaram nesta quinta-feira, de certa forma contrariando as expectativas dos agentes do setor.

“A lentidão das vendas abriu espaço para ajustes nos preços da carne bovina, visando não prejudicar o escoamento, sobretudo em função da fragilidade dos preços das proteínas concorrentes (frango e suínos)”, afirmam os analistas da IHS.

Cotações máximas desta quinta-feira, 2 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 292/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 303/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca R$ 302/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 306/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 306/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 2896/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

Fonte: portaldbo.com.br