Ministro afirmou que a relação com os mercados tem sido transparente ao explicar nova fase da Carne Fraca

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou, nesta quinta-feira (8/3), que, até agora, nenhum mercado decidiu restringir compras de carne do Brasil em função da Operação Trapaça (nova fase da Carne Fraca) e que o governo segue trabalhando para que isso não aconteça. Ele as afirmações em entrevista coletiva, durante visita à Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque (RS).

“Estamos de plantão para atender os mercados mais exigentes. Nossas respostas são claras e transparentes”, disse Maggi, destacando que a reação do governo desta vez foi bem diferente da adotada na primeira fase da operação Carne Fraca, deflagrada há um ano.

O ministro lembrou que, na ocasião anterior, quando mais de 40 mercados anunciaram restrições à carne brasileira, foi preciso viajar por vários países para apresentar o posicionamento do governo. Desta vez, foi feita uma primeira nota de esclarecimento, enviada para representantes estrangeiros no Brasil e brasileiros no exterior.

“Ontem (quarta-feira), fizemos uma complementação de nota com respostas mais específicas. Estamos sendo tão transparentes quanto fomos da outra vez, mas, agora, eu não fiquei esperando. É um processo que está indo bem”, garantiu.

Maggi ressaltou ainda que o governo foi pego de surpresa pela primeira fase da Carne Fraca, reafirmando suas críticas ao modo como seus resultados foram divulgados na época. Já a Operação Trapaça, que teve como alvo principal a BRF, não causou surpresa. Quando se inicia uma investigação, afirmou, o trabalho acaba se desdobrando.

“Sabemos que o processo de 2017 continua e está muito provavelmente não será a última”, disse. “Ninguém é contra investigação, a questão é como você comunica”, acrescentou, garantindo que a relação do Ministério com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal é de cooperação.

Fonte: Globo Rural