Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, a Venezuela é o único país da América Latina declarado ‘não livre’ da doença

Autoridades sanitárias brasileiras e venezuelanas reúnem-se nesta quarta-feira (5/9) em Pacaraima, município no norte de Roraima que faz fronteira com a Venezuela, para tratar de plano de erradicação da febre aftosa naquele país. Segundo o Ministério da Agricultura, a atuação conjunta está prevista na Resolução número 1 da Comissão Sul-Americana da Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), de abril deste ano, que reconheceu a “necessidade premente de os 13 países membros apoiarem a Venezuela”, sob a coordenação do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa).

Em abril do ano passado foi decidida a vacinação oficial dos rebanhos bovinos e bubalinos em um raio de 15 km, traçados de ambos os lados paralelamente à linha de fronteira.

Em maio, o Brasil foi reconhecido livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “A Venezuela é o único país da América Latina declarado ‘não livre’ em toda a sua extensão territorial”, diz a pasta em nota. Segundo dados da Cosalfa e OIE/2017, o rebanho bovino brasileiro, o maior do mundo, soma 219 milhões de cabeças. Na Venezuela, há 15,450 milhões cabeças e a última ocorrência de febre aftosa foi registrada em abril de 2013.

Conforme o comunicado da Agricultura, o chefe da delegação brasileira, Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério e delegado do Brasil na OIE, disse que as ações conjuntas começarão “a partir da fronteira do Brasil em direção ao interior da Venezuela com vacinações sucessivas, inspeções clínicas e cadastro de propriedades, sempre com apoio de autoridades venezuelanas, por intermédio do Instituto Nacional de Salud Animal Integral (INSAI)”.

Fonte: Globo Rural