Os frigoríficos devem voltar a abrir o balcão na semana que vem, mesmo sem a equação China-vaca louca provavelmente resolvida, contando seu favor a continuidade da frente fria soprando firme sobre os pastos do Sudeste e do Centro-Oeste como mandam os mapas climáticos desta quinta (6). Depois que o boi vazou os R$ 150 em São Paulo, já se imagina como serão as ofertas, abaixo certamente das tentadas hoje, com média em R$149, e das poucas igualmente que podem ser propostas na sexta.

Poucos frigoríficos compraram bois na primeira parte desta quinta, especialmente os médios e pequenos, embora algumas unidades no eixo Araçutaba-Presidente Prudente cancelaram embarques na última hora. Os grandes ficaram novamente de fora em São Paulo.

O Minerva de Barretos era um deles, segundo algumas informações de pecuaristas da região. O JBS Lins compraria se tivesse vendedor a R$ 145/8 dias, mas Caio Junqueira, do app AgroBrazil, não viu negócios.

O Marfrig Promissão matou. Bois de manhã e vacas a tarde, de um grande lote trazido do Mato Grosso Sul, em negócios informado por Marcos Chuí, a R$ 143 no boi China. Boi Europa foi a R$ 145 e vaca a R$ 135.

A Scot, que registrou alguma atividade paulista perfazendo média de R$ 149,50 – e a Agrifatto marcou R$ 150,23 -, já viu o boi descer em Três Lagoas em R$ 131. A seta da tabela da consultoria ficou para baixo em 14 praças importantes.

Dos R$ 136 a R$ 132, entre Sudeste e Norte do Mato Grosso, ao R$ 136 de Goiás.

As chuvas do final de semana em volume razoável e bem espalhadas deram algum respiro aos produtores, como lembrou Francisco Brandão, vice do Siran, na Alta Noroeste, mas por pouco tempo.

“Muito poucos conseguirão segurar por mais tempo com compromissos batendo nas costas”, disse. Lembrando ainda que além da oferta de pasto, animais que foram confinados antecipadamente em janeiro estão saindo.

Os frigoríficos sabem disso.

A partir da próxima quinta o tempo melhora, mas meio tarde se não vier alguma chuvinha antes.

Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas