Certamente melhor do que como começou a semana o boi ficou, mas o mercado está muito assentado na boataria da empolgação e com gente relatando animal comum acima dos R$ 155 (São Paulo), como se fosse com prêmio China antes da crise China-vaca louca. Em só dois dias pós reabertura das exportações e as maiores indústrias tendo que matar os bois ‘velhos’, escalados até 31 de maio na maioria dos casos, “dificilmente se espera que dessem um pulo desse tamanho”.

Quem disse foi  Carlos Roberto Biancardi, do Sindicato Rural de Presidente Prudente, onde o animal comum, mas bom, não saiu dos R$ 153 de média. Naturalmente que por aí houve quem conseguisse vender a R$ 155, segundo relatado à Agrifatto, mas certamente dono de boiada grande. Semana que vem o papo pode ser outro, de acordo com o otimismo de todos.

O que foi visto em preço no Oeste paulista – com o desconto de que nessa região não tem grandes compradores para China -, a consultoria também viu, sob alta de 0,57% no balcão. Seguida pela Radar Investimentos. A Scot observou mercado comprador menos generoso, ao marcar R$ 150,50, igualmente em leve alta.

Boi China, esse sim, começa margear os R$ 158, como andava no dia que a vaca louca inofensiva ficou conhecida. Ocorre, por óbvio, que esse vai para cima dos frigoríficos. Os chineses precisam, os frigoríficos precisam para compor as novas programações de abate e o mercado interno não precisa porque não anda.

Como declarou Douglas Coelho, sócio da Radar, os frigoríficos deverão ter dificuldades para lotes maiores e terão que corrigir mais. O mesmo que pensa Gustavo Resende Machado, analista da Agrifatto.

A expectativa é a de que a semana abra mais forte, mas depois da empolgação vem a realidade

Ninguém tem noção exata do tamanho do cobertor de JBS, Marfrig e Minerva. E bobos não são.

Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas