Os pecuaristas do Mato Grosso confinaram 824,225 mil animais ao longo de 2019, o que significou aumento de 11% em relação aos dados consolidados de 2018 (743,805 mil), de acordo com o último levantamento (referente a outubro) do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) referente às intenções de gado confinado no Estado.

Na comparação com o primeiro (realizado em abril/2019) e o segundo levantamento sobre a intenção de confinamento dos produtores do Mato Grosso (feito em julho/2019), houve um acréscimo de 19% e 1,6%, respetivamente.

A utilização da capacidade estática dos confinamentos no Mato Grosso também aumentou este ano quando comparado a outubro de 2018. A média de utilização da capacidade instalada nas unidades confinadoras do Estado ficou em 92,85%, com elevação de 13 pontos percentuais em relação à taxa registrada em 2018 (79,74%). “O aumento de animais confinados e da utilização da capacidade estática demonstra a maior intensificação e tecnificação dos produtores mato-grossenses em 2019”, destacam os pesquisadores do Imea.

Do total de animais confinados este ano, 32,95% foram alimentados em cochos de terceiros (boitel, parcerias, etc), ou seja, 67,05% dos bovinos foram engordados em estruturas próprias.

Em relação à capacidade estática, houve queda de 5% na comparação com os dados consolidados em 2018, totalizando 887.720 cabeças, ante 932,77 animais do ano passado.

Regiões

Durante os três levantamentos deste ano, a região Sudeste do MT se destacou em relação à quantidade de cabeças confinadas quando comparada com o ano anterior.  O número consolidado demonstrou que a região o Sudeste aumentou em quase 34% o número de animais confinados na comparação com 2018, totalizando 204.594 cabeças, o que representou 25% do total de bovinos levados ao cocho no Mato Grosso. A região Oeste do Estado ficou em segundo lugar, com participação de 24% do total confinado, e avanço de 35% na quantidade de cabeças alimentadas no cocho, totalizando 197.076 animais.

Por sua vez, a região que menos representou no total confinado de Mato Grosso foi a Noroeste, com apenas 4% de participação. Segundo o Imea, esse baixo desempenho pode estar relacionado ao fato de que essa região se destacou neste ano no envio de animais para outros Estados, ou 58.987 cabeças, principalmente para Rondônia (68%). Além disso, observa o instituto, a região apresentou aumento no abate de animais jovens, sobretudo e novilhas precoces.

Comercialização

Estima-se que, até outubro, 96% dos animais confinados no Mato Grosso já haviam sido vendidos. As entregas foram mais intensas no segundo semestre do ano, o que já era esperado, visto que a arroba tende a ser mais valorizada neste período de entressafra (neste ano, a arroba atingiu seguidos recordes históricos, ultrapassando o patamar de R$ 200).

 

Fonte: https://www.portaldbo.com.br