Em maio, gigante asiático respondeu por mais de 50% das exportações totais do produto brasileiro

A primeira semana de junho demonstrou um desempenho mais fraco nas exportações brasileiras de carne bovina em comparação ao volume registrado para o período nos últimos meses, informa a consultoria Agrifatto, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume médio diário embarcado nos primeiros cinco dias deste mês foi de 5,47 mil toneladas, com queda de 29% frente a média diária do mês de maio de 2020. No comparativo com junho de 2019, a redução no volume médio embarcado foi de 9%.

Em receita, a média diária exportada na primeira semana de junho está 30% abaixo do faturamento médio registrado em maio de 2020, chegando a US$ 23,74 milhões.

Tais números ligam o sinal de alerta para as renegociações chinesas, de acordo com analistas da Agrifatto. “Um ‘respiro’ das compras por parte do país asiático pode afetar diretamente os preços no mercado interno, já que o consumo de carne bovina no mercado interno está fragilizado”, observa a consultoria.

Dados de Pequim

A China importou 816.000 toneladas de carnes em maio, queda de 5,3% em relação ao volume registrado no mês anterior (de 862.000, incluindo 400.000 toneladas de carne de porco), informou a agência Reuters, com base em dados divulgados no último domingo pela Administração Geral das Alfândegas.  O país não forneceu um valor comparável para o mesmo mês do ano anterior, mas os dados mostraram que as importações durante os primeiros cinco meses de 2020 subiram 73,4% em comparação com janeiro-maio de 2019, para 3,85 milhões de toneladas.

Esse forte aumento, diz o órgão, deve-se ao surto de peste suína africana no país, que dizimou seu rebanho de suínos.

Os dados sobre as importações de carnes específicas para maio, incluindo carne de porco, bovina e de aves, são divulgados no final do mês.

Dados no Brasil

As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 21% em maio, na comparação com igual período do ano passado, impulsionadas pelo avanço nas compras da China, que respondeu por mais de 50% do total, informou na segunda-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados do governo da Secex.

“Em maio, a participação da China nas exportações brasileiras de carne bovina alcançou a 56,5% do total, somando-se as entradas pelo continente (39,3%) e as entradas por Hong Kong (17,2%)”, afirmou a Abrafrigo. No mês passado, a movimentação chinesa pelo continente subiu 128,4% enquanto a realizada por Hong Kong caiu 13,5% em relação ao mesmo mês de 2019.

Fonte: portaldbo.com.br