Os negócios realizados foram feitos a patamares elevados, com registro de ajustes positivos em quase todas as categorias

No mercado de reposição, os leilões registrados ao longo desta semana apresentaram maior liquidez de negócios, informa a IHS Markit. “Os fortes movimentos de alta nas cotações do gado terminado promoveram uma leve melhora na relação de troca entre boi gordo e bezerro, e os pecuaristas de engorda se mostraram mais dispostos a fazer novas compras para reposição dos seus plantéis”, observa a consultoria.

Leilão de bezerros e garrote. Foto: Nova Era

Os negócios realizados foram feitos a patamares bastante elevados, com registro de ajustes positivos em quase todas as categorias de reposição. A enxuta oferta de animais para reposição, sobretudo machos, continua favorecendo a forte especulação altista, relata a IHS Markit.

O custo encarecido dos animais de reposição é resultado da dificuldade na alocação de bezerros e bezerras para comercialização, puxada pelos níveis crescentes de abate de novilhas no País, além da demanda aquecida da China por animais cada vez menos erados.

Em meio a grande dificuldade em encontrar animais jovens e, diante das expectativas positivas para manutenção de volumes recordes para as exportações de carne bovina ao longo deste segundo semestre, os preços da reposição continuam sob forte viés altista. Na praça de São Paulo, o indicador Cepea do Bezerro (praça do MS) renovou o recorde histórico esta semana, ficando cotado a R$ 2.171,47/cabeça.

No Mato Grosso, maior produtor nacional, o avanço dos preços do gado de abate injetou maior confiança nos produtores de engorda, que se mostraram mais ativos na procura pelos animais para reposição dos cochos, segundo apurou a IHS Markit.

Levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) apontou para uma tendência de aumento da representatividade de animais menos erados no total abatido ao longo do primeiro semestre deste ano. Segundo a entidade, no acumulado de janeiro a julho de 2020, os animais entre 24-36 meses e os de menos de 24 meses apresentaram variação anual de 2 pontos percentuais cada, representando, respectivamente, 50% e 19% com relação ao total abatido.

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Fonte: portaldbo.com.br