Insumos, como o farelo de soja e o milho, também seguem em patamares elevados, encarecendo ainda mais a atividade

Seguindo o movimento de alta no mercado do boi gordo, os preços dos animais de reposição também subiram ao redor do Brasil durante a semana.

A forte tendência de alta nos preços da reposição é resultado da escassez de oferta de bezerros e bezerras, cenário observado ao longo deste ano e resultado do aumento do abate de fêmeas em anos anteriores, justifica a IHS Markit.

Na quinta-feira, o valor do Indicador Cepea do Bezerro (praça MS) fechou a R$ 2.103,07, ante R$ 1.338,97 registrado em 10 de setembro de 2019 – uma valorização anual de 57%.

Do lado comprador, embora os valores recebidos pelo animal terminado tenham renovado patamares recordes na semana, a relação de troca entre o preço do boi gordo/bezerro se mantiveram estáveis.

O quadro ainda é de cautela por parte dos recriadores e invernistas, que, diante das disparadas nos preços dos animais jovens, relutam em fazer a recomposição dos rebanhos.

Insumos de alimentação do gado, como o farelo de soja e o milho, também seguem em patamares elevados, encarecendo a atividade de recria e engorda.

Em São Paulo, a forte tendência de alta nos preços da reposição é resultado da escassez de oferta de animais jovens. No Estado, relata a IHS Markit, os leilões registrados obtiveram liquidez regular de negócios ao longo desta semana.

No Rio Grande do Sul, em linha contrária ao redor do País, os pecuaristas se mantiveram mais ativos nas compras para fazer a recomposição dos rebanhos, informa a IHS.

No Pará, a baixa disponibilidade de animais dificultou o ganho de liquidez e poucos negócios foram efetivados na reposição, a valores mais elevados.

Fonte: portaldbo.com.br