NO MERCADO FÍSICO

Segundo a Safras & Mercado, os frigoríficos não estão conseguindo finalizar negociações com preços do boi gordo abaixo da referência

23 de junho de 2021 às 07h11

Atualizado em 23 de junho de 2021 às 7h11

Por Felipe Leon com agências de notícias

  • Boi: apesar de avanço das escalas, arroba tem firmeza, diz Safras
  • Milho: melhora da oferta segue pressionando preços
  • Soja: mercado permanece travado
  • Café: queda combinada de dólar e Nova York gera baixas no Brasil
  • No Exterior: Jerome Powell afirma que vê pressão inflacionária diminuindo
  • No Brasil: dólar fecha abaixo de R$ 5,00 pela primeira vez em mais de um ano

Agenda:

  • Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
  • Brasil: arrecadação federal de maio
  • EUA: estoques de petróleo (DoE)

Boi: apesar de avanço das escalas, arroba tem firmeza, diz Safras

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar do avanço das escalas de abate, os frigoríficos não conseguiram finalizar negociações com preços abaixo da referência. Dessa forma, o mercado físico do boi gordo manteve a firmeza apresentada desde o final do pico da safra. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba ficou em R$ 319, na modalidade a prazo.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram comportamento misto, mas com as quedas predominando e apenas o vencimento para julho tendo uma leve alta. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 317,85 para R$ 317,80 e do outubro caiu de R$ 322,60 para R$ 320,75 por arroba.

Milho: melhora da oferta segue pressionando preços

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,90% em relação ao dia anterior e passou de R$ 88,52 para R$ 87,72 por saca. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,53%. Em 12 meses, os preços alcançaram 84,44% de valorização.

Em Chicago, os contratos futuros do milho também seguem em tendência de queda e tiveram mais um dia de cotações mais baixas. O vencimento para dezembro recuou 3,23% e passou de US$ 5,57 para US$ 5,39 por bushel. A previsão de clima mais favorável ao Meio-Oeste dos EUA mais do que compensou a piora das condições das lavouras norte-americanas.

Soja: mercado permanece travado

Com o dólar fechando abaixo de R$ 5,00 pela primeira vez em mais de um ano e Chicago recuando novamente, o mercado brasileiro de soja permaneceu travado, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 148 para R$ 149,50, no porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 156 para R$ 154, enquanto que em Dourados (MS), a saca permaneceu em R$ 141.

Em Chicago, os contratos futuros da soja tiveram um dia de preços mais baixos e assim como no caso do milho reagiram às previsões de melhor clima para o Meio-Oeste dos EUA. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, recuou 1,29% e passou de US$ 13,192 para US$ 13,022 por bushel.

Café: queda combinada de dólar e Nova York gera baixas no Brasil

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do café no mercado brasileiro ficaram pressionados negativamente pelas quedas do dólar e de Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação caiu de R$ 820/825 para R$ 815/820, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação recuou de R$ 830/835 para R$ 820/825 por saca.

Em Nova York, a volatilidade segue alta com os pregões apresentando grande variação das cotações. O vencimento para setembro desvalorizou 1,27% na comparação com o dia anterior e passou de US$ 1,5405 para US$ 1,521 por libra-peso. O mercado está guiado por fatores técnicos como ajuste de posições dos fundos.

No Exterior: Jerome Powell afirma que vê pressão inflacionária diminuindo

Em apresentação ao Congresso norte-americano, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve), Jerome Powell, afirmou que vê a pressão inflacionária diminuindo e a criação de empregos aumentando nos próximos meses. Além disso, Powell disse que não vê pressa para retirar os estímulos monetários com o programa de compra de ativos.

As declarações animaram os mercados e as principais bolsas dos Estados Unidos fecharam em alta. O índice Nasdaq, que agrega as principais empresas globais de tecnologia, bateu um novo recorde histórico de fechamento. Por fim, as taxas futuras de juros do título do Tesouro norte-americano com prazo para dez anos tiveram leve recuo com as falas de Powell.

No Brasil: dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano

O dólar comercial caiu 1,13% na comparação diária e fechou o dia cotado a R$ 4,966. Foi a primeira vez desde o dia 10 de junho do ano passado que a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 5,00. O Ibovespa teve uma queda de 0,38% e ficou cotado a 128.767 pontos. O índice da bolsa brasileira chegou a cair abaixo de 128 mil pontos, mas se recuperou no fim do pregão e encerrou o dia com uma queda moderada.

O mercado reagiu sobretudo ao tom da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). No documento, os diretores do BC afirmaram que chegaram a discutir a possibilidade de um aumento de juros de 1,00 ponto percentual já nesta reunião, mas entendeu que seria mais adequado aguardar mais dados de inflação.

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Fonte: canalrural.com.br