Parece uma pergunta um tanto quanto “boba”, mas afinal de contas: “Qual é o tipo de bezerro que você oferta para o mercado?“. Pois bem, o cenário para o setor de cria foi e será de grande demanda no médio prazo, tendo em vista a alta demanda frente ao ciclo pecuário. Porém, a pecuária precisa de animais que estejam selecionados para a precocidade, reprodução e qualidade de carcaça. Veja o padrão de bezerro que o mercado cobiça!
Mas se, de fato, há uma grande parcela de pecuaristas que está produzindo sem se orientar pelas demandas de mercado, por outro lado, existem muitos produtores que estão garantindo uma safra de bezerros que vão render uma carne diferenciada na hora do abate. Segundo a zootecnista Liliane Suguisawa, diretora da DGT Brasil, um dos grandes empecilhos desse processo está na falta de um sistema padronizado de tipificação de carcaças.
O mercado consumidor, interno e externo, passam por uma mudança nos critérios de consumo e qualidade do alimento. Atender essencialmente o que o mercado quer é um dos maiores passos do pecuarista de corte para obter maiores ganhos com a venda do boi gordo.
Uma prova da demanda por animais de qualidade foi o último leilão da Carpa Serrana, que teve um recorde de faturamento e bezerros – considerados uma das melhores genéticas – tiverem disputas acirradas na pista. Confira aqui o fechamento!
Como o tema central da nossa matéria é determinar o tipo de bezerro que o mercado procura, vamos listar e tentar entender quais seriam os fatores a serem levados pela pecuária de cria na hora de produzir animais para o mercado da recria e terminação.
Segundo analistas e pecuaristas, é preciso que o país tenha um foco em produzir animais de ciclo curto, mas o que significa isso. Animais de ciclo curto possuem a chamada precocidade em suas três vertentes: Precocidade de crescimento, precocidade de acabamento e precocidade reprodutiva.
Dessa forma, vamos conseguir emprenhar novilhas aos 14 meses, abater animais antes dos 30 meses de idade com peso ideal e excelente acabamento de carcaça. Entretanto, fatores como o temperamento racial, adaptação a região onde irá ser manejado e padronização do rebanho.
Precisamos, cada vez mais produzir animais sustentáveis, ou seja, redução no tempo de produção destes animais, reduzindo a emissão de carbono, redução no tempo do cocho e entrega de carne premium.
A maior incidência de bonificações pelo frigorífico dá uma boa ideia no tipo de animal desejado pelo consumidor. A crescente onda de restrições para as bonificações, o pagamento por melhores carcaças e as penalizações que ocorrem no gancho, são apenas repasses da ponta consumidora para que os pecuaristas possam trabalhar o seu sistema de produção dentro da porteira.
A DGT, avaliou um grupo de animais e determinou as probabilidades de bonificação. Sendo que o grupo de animais com zero dentes com um acabamento mediano de gordura atingiu 43,31% de probabilidades de bonificações.
No entanto, se estiver na mesma classificação de gordura, até animais de 8 dentes chegaram a ter 38,64% de chances de bonificação.
Se forem analisadas as raças saiu na frente:
Diante do que foi descrito é preciso que a classe pecuária vise, cada vez mais, a busca pela sustentabilidade, seleção genética, nutrição de precisão, bem-estar animal e gestão. Dessa forma, continuaremos crescendo em números e atendendo um mercado cada vez mais exigente!