Pelo segundo dia seguido, os preços do boi gordo reagiram em São Paulo e também em algumas importantes praças brasileiras.
Tal comportamento reflete a maior escassez de oferta de bovinos confinados e, consequentemente, o encolhimento das escalas de abate dos frigoríficos.
Segundo apurou a Scot Consultoria, no mercado paulista, as programações de abate atendem apenas 4 dias, em média, o que forçou o aumento da procura pela matéria-prima nas regiões de pecuária.
Dessa maneira, nesta sexta-feira (5/11), os compradores ofertaram mais pela arroba do boi gordo, resultando em avanço diário de R$ 2/@, para R$ 265/@ (valor bruto e a prazo), ou R$ 264,50/@ (descontado o Senar), ou R$ 261/@ (desconto do Senar e do Funrural), de acordo com os dados da Scot.
Segundo a IHS Markit, cresce os relatos de que a oferta de animais confinados começou a diminuir, ao mesmo tempo em que o setor enxerga um cenário de recuperação do consumo interno de carne bovina.
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Nas últimas semanas, relembra a IHS, muitos pecuaristas vinham liquidando os seus lotes confinados pela falta de condições para reter animais, devido aos altos custos da nutrição.
“Porém, lotes que não haviam alcançado peso ideal para abate foram retirados dos cochos e redirecionados ao campo, já que o retorno das chuvas abundantes vem colaborando para melhora gradual das pastagens em todo País”, observa a IHS.
A queda no número de bovinos abatidos nos últimos dois meses (setembro e outubro), diz a consultoria, serviu para adequar um pouco melhor a produção de carne à demanda vigente, sobretudo depois da paralisação dos envios da mercadoria à China.
Dessa maneira, depois desse longo processo, o setor vem sendo amparado pela recuperação do consumo interno, efeito sazonal gerado pela chegada de uma maior entrada de massa salarial típica de final de ano, com o pagamento do 13º salário.
Além disso, a abertura total das atividades econômicas no País também ajudou a ativar a demanda doméstica pela carne bovina.
No atacado, as vendas registraram maior intensidade, a ponto de permitir altas nos preços dos todos os principais cortes bovinos, com destaque para as peças de traseiro.
Na visão da IHS Markit, a entrada da massa salarial, associado à abertura plena do comércio em importantes centros consumidores, deve manter suporte à firmeza dos preços da proteína e devolver liquidez no mercado físico.
Cotações máximas desta sexta-feira, 5 de novembro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 242/@ (prazo)
vaca a R$ 235/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 231/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 235/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca R$ 241/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 254/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 239/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)