Frigoríficos intensificam buscas pelo boi-China, aceitando pagar bons prêmios por este tipo de animal; em SP, preços de bovinos abatidos mais jovens (até quatro dentes) oscilam entre R$ 345/@ e R$ 350/@, informa a Scot Consultoria

Foto divulgação internet

Nesta quinta-feira, 17 de março, a IHS Markit captou alguns frigoríficos brasileiros mais ativos nas compras de boiadas gordas, apesar da ausência de variações – tanto para baixo quanto para cima – nos preços da arroba na maioria absoluta das praças pecuárias.

Segundo a consultoria, os altos patamares das cotações dos animais terminados estimularam pecuaristas a efetivarem novos negócios, até porque eles aproveitam o bom momento para fazer “caixa” neste ciclo final de safra.

Na avaliação da IHS, as regiões que possuem maior número de plantas habilitadas para exportação, como é o caso das plantas situadas no Estados de São Paulo, seguem com forte apetite comprador, dando condições para indicações de preços mais altos.

“Os frigoríficos paulistas já conseguiram avançar as escalas de abate até o final deste mês, com algumas unidades já adentrando o mês de abril”, relata a IHS, que acrescenta: essa programação mais confortável é reflexo da elevação dos preços ocorridos ao final da última semana, bem como o movimento de busca de animais em Estados vizinhos e, até mesmo, em localidades mais distantes, como nas regiões do Maranhão e do Pará.

Enquanto a indústria segue ativa na compra de animais que atendam aos padrões de exportação – o chamado “boi-China”, abatido mais jovem, geralmente com idade inferior a 30 meses –, o animal gordo comum e a vaca gorda (ambos destinados ao mercado interno) não apresentam procura consistente e, com isso, as indicações de preços seguem com pressão baixista.

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Segundo a Scot Consultoria, o fraco escoamento de carne bovina no mercado interno diminui o apetite por compras das indústrias, que, de maneira geral, têm trabalhado com escalas de abate confortáveis.

Nesta quinta-feira, a IHS Markit observou que houve baixa no preço da arroba da vaca gorda nas praças do interior de São Paulo, recuando de R$ 305/@ para R$ 300/@.

Levantamento desta quinta-feira da Scot Consultoria aponta estabilidade nas três categorias destinadas ao abate.

Dessa maneira, de acordo com a Scot, as referências de preço são: R$ 340/@ para o boi gordo; R$ 298/@ para vaca gorda; e R$ 332/@ para novilha gorda (valores brutos e a prazo).

Os negócios com bovinos de até quatro dentes destinados à exportação oscilam entre R$ 345/@ e R$ 350/@ no mercado paulista, acrescenta a Scot.

Apesar da demanda externa ser o principal “drive” no atual cenário de produção de carne bovina no Brasil, há fatores relevantes que acendem um sinal de alerta em toda a cadeia produtiva, observa a IHS.

A consultoria captou que há grandes frigoríficos que estão cancelando envios de cargas de carne bovina destinada à Rússia, devido à interrupção de pagamentos e às sanções impostas pelo ocidente no ambiente de comércio global.

No mercado atacadista, há sinais de melhoria na movimentação por parte dos distribuidores, que estão efetuando novos posicionamentos de compras de cortes bovinos para o próximo final de semana.

No entanto, o mercado de distribuição registra uma maior procura por cortes de dianteiro, que têm custos mais baixos.

Cotações máximas desta quinta-feira, 17 de março, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 352/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 308/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca R$ 295/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

Fonte: portaldbo.com.br