Clima favorável ao desenvolvimento das pastagens e recuperação nas cotações da arroba estimulam compras de boi magro e demais categorias não-terminadas

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No mercado brasileiro de reposição, os preços do gado magro seguem firmes e voltando a operar próximos das máximas do ano entre algumas importantes praças pecuárias do País, informam os analistas da IHS Markit.

Já em relação ao fluxo de negociações, o volume de efetivação também se mostrou mais regular e com liquidez elevada nos leilões de animas mais jovens, acrescenta a consultoria.

“O cenário atual apresenta fortes estímulos a um ritmo mais consistente nas comercializações para gado de reposição, sobretudo pela vantajosa relação de troca por ocasião da retomada dos preços da arroba no mercado físico de boiada gorda”, destaca a IHS.

As condições climáticas favoráveis ao bom desenvolvimento dos pastos, sobretudo na faixa centro-norte do Brasil, também é outro ponto de estímulo ao mercado de reposição.

“O maior poder de compra dos recriadores/invernistas e preços atrativos para os criadores colaboram para que o mercado de reposição avance com elevada movimentação de negócios na maioria das regiões brasileiras”, ressaltam os analistas.

Embora os preços continuem firmes para todas as categorias, a procura ainda é mais voltada aos animais mais erados, machos e fêmeas.

Os preços dessas categorias foram ajustados positivamente em diversos Estados brasileiros, em virtude tanto da procura mais aquecida quanto da oferta relativamente ajustada.

A oferta de novilhas e vacas prenhas também encontra uma firme demanda, relata a IHS.

“Em algumas regiões do Centro-Oeste, o que aparece para vender é totalmente absorvido pelo mercado”, informa a consultoria.

Nesta semana, entre algumas praças do Centro-Oeste, foram registradas negociações fechadas a preços bem superiores aos valores de referência.

A procura por animais jovens também segue aquecida no Sudeste e Norte do País, onde a especulação altista segue muito forte.

Em São Paulo e Minas Gerais, assim como no Tocantins e no Pará, o grande gargalo é a dificuldade de alocação de bons volumes de oferta para comercialização nos leilões, relata a IHS.

Em Rondônia, não há leilões devido à dificuldade de oferta. “A ocorrência de negócios acima das referências é corriqueira, o que colabora para um ambiente muito especulativo”, afirmam os analistas da IHS.

Na região Sul, os preços das categorias de reposição seguem estáveis, em função do clima seco e seus efeitos na produção do campo.

Segundo dados do Cepea, o indicador do bezerro (praça MS) registra avanço de 4% no período de 30 dias, fechando a última quinta-feira (16/12) a R$ 3.035,02.

Fonte: portaldbo.com.br